domingo, 22 de maio de 2011

A casa Caiu? Mesmo?

“A casa caiu”. Esta, a reportagem de capa da revista Veja, edição de 09 de março de 2010. O semanário de maior circulação no Brasil trata, em detalhes, do esquema montado em 2002 por Luiz Malheiro, então presidente da Cooperativa Habitacional dos Bancários, no estado de São Paulo.

Naquela época, Malheiros convocou funcionários, empreiteiros e fornecedores para lhes anunciar o apoio da Bancoop à candidatura de Lula à Presidência da República. Disse-lhes que a contribuição das empreiteiras seria mediante a emissão de notas frias em favor da Bancoop, esquema que funcionou intensamente em 2002.

A maracutaia, para usar costumeira expressão de Lula, quando se dizia fiel a princípios éticos e honestos, funcionava assim: A Bancoop pagava os serviços fictícios, cobrados por empreiteiros à vista de notas fiscais frias, mediante emissão de cheques nominais às empresas ou a seus diretores.

Os cheques da Bancoop eram descontados na boca do caixa e o dinheiro repassado, posteriormente, a João Vaccari Neto, diretor da entidade e atual tesoureiro do PT. As entregas do numerário foram efetuadas semanalmente e duraram até 2004, ano em que morreram, em acidente de automóvel, Luiz Malheiro e dois outros dirigentes da cooperativa.

Em dezembro de 2004, segundo apurou a revista Veja, a Bancoop, por intermédio da corretora Planner, captou mais de trinta e seis milhões de reais de fundos de pensão de estatais, controlados pelo Partido dos Trabalhadores.

Pobres fundos ricos!

Entre 2005 e 2006 foram repassados à empresa Caso – Sistemas de Segurança (e que segurança!), pertencente a Freud Godoy, ex-guarda costas do Lula, um milhão e quinhentos mil reais. Godoy é um dos aloprados que compraram dossiê falso para incriminar o candidato a governador de São Paulo, José Serra, na campanha de 2006.

A Bancoop, com dois mil associados, pessoas humildes, de parcos recursos, que acreditaram na lisura dos negócios administrados por entidade partidária que antes se dizia honesta, o PT, deu um gigantesco calote nos adquirentes, como Heleno e Tânia de Oliveira, lesados em sua boa fé.

O déficit da cooperativa fundada por Ricardo Berzoini, também um dos aloprados do dossiê tucano de 2006 e presidente do PT à época, alcançou a expressiva soma de 135 milhões de reais.

Depoimentos colhidos pelo Ministério Público, ainda segundo a revista Veja, dão conta de que o dinheiro da Bancoop serviu para abastecer os cofres da campanha que levou Lula à Presidência da República, em 2002.

João Vaccari Neto – gravem bem esse nome – foi tesoureiro do PT e, por certo, cuidou das finanças da campanha da Dilma, embora ela o tenha negado em notícia veiculada na Internet, no dia 09 de março de 2010.

Chamo a atenção do leitor para o que Vaccari teria sido capaz, como tesoureiro da campanha da Dilma. Rebusco na memória o que disse a reportagem: “Um dos dados mais estarrecedores que emergem dos extratos bancários analisados pelo Ministério Público é o milionário volume de cheques emitidos pela Bancoop para ela mesma ou para seu banco: 31 milhões de reais só na pequena amostragem analisada”.

Transcrevo, ainda, o que disse o promotor de Justiça José Carlos Blat, após analisar mais de oito mil páginas de transações efetuadas pela desqualificada cooperativa: “A Bancoop é hoje uma organização criminosa cuja função principal é captar recursos para o caixa dois do PT”. Entenderam a gravidade?

Se tudo ocorreu na gestão de Vaccari como diretor financeiro e presidente da Bancoop, o que teria feito ele como tesoureiro geral do Partido dos Trabalhadores e da campanha presidencial de Dilma Rousseff?

Você sabe.

Eu, também!

O que não será capaz essa gente, agora no poder, arrecadando somas astronômicas de empresas coniventes com a corrupção que advirá da nova gestão administrativa do país? A Justiça... Bem... A Justiça... Desculpe o leitor, mas não me sinto encorajado a emitir juízo de valor sobre julgamentos políticos, ao saber que processos caducam esquecidos nos escaninhos do Judiciário. O caso Arruda, do Distrito Federal, talvez não passe de um lampejo de moralidade, de eficiência ou... Simplesmente, não sei o que dizer.

Os exemplos são muitos.

Os resultados, poucos e desanimadores.

É o Brasil, com sua Justiça cega, capenga e preguiçosa!

Terei eu, razão, ao emitir tal julgamento?

Infelizmente, é o que temos visto e crido.

Se, como diz a reportagem, a vista de informações obtidas do Ministério Público, a campanha presidencial em que Lula tornou-se o que é hoje foi custeada com recursos ilícitos, advindo de entidade (cooperativa) que não poderia contribuir com campanhas eleitorais, por impedimento legal, e não teve seus direitos políticos cassados até hoje, o que dizer eu, um simples escrevinhador, leigo em assuntos políticos?

A casa caiu, como diz o título da reportagem da Veja?

Duvido!

No poder, eles fazem o que bem entendem.

Nós pagamos a conta.

Crime (quase) Hediondo

Se o leitor já conhece, tudo bem. Se não, eis algumas considerações sobre o significado da palavra “língua”, e de suas variadas derivações. Língua, no sentido fisiológico do termo, é o órgão muscular situado na boca, responsável pelo paladar e pelo som que emitimos proveniente da garganta.

O dicionário Houaiss, indispensável meio de consulta a despretensiosos escritores como eu, de parco vocabulário e de intensa preocupação em não ferir nosso rico idioma vernáculo, enumera vinte e uma grafias e significados para a palavra língua.

Vejamos alguns:

Língua cristã; língua-da-costa; língua-de-badalo; língua-de-cão; língua-de-sapo; língua-de-sogra, entre outras. Eu ainda acrescento: língua ferina; língua traiçoeira; língua suja, e tantas mais que a memória envelhecida não me permite lembrar.

Língua-cristã é qualquer forma de expressão, exceto a chinesa; língua-da-costa, por exemplo, é o idioma ioruba, falado nos candomblés. Ioruba é o povo africano do Sudeste da Nigéria, com grupos espalhados pelas Repúblicas de Benin e do Togo, trazido para o Brasil como escravo; aqui, recebeu o nome de magô. Língua-de-badalo é quem fala muito; língua-de-cão refere-se a uma erva nativa da Europa e do Canadá, enquanto a língua-de-sogra é conhecida como um apito, uma espécie de língua comprida, assim chamada, talvez, para conceituar a intromissão da mãe do marido ou da mulher na vida do casal.

Existem outras denominações para a palavra língua. A usada pelos petistas encastelados no governo deveria ser chamada de “língua-ferina”, por seus impiedosos ataques aos adversários políticos. Também poderíamos, diferentemente do que significa na Europa e no Canadá, conceituá-la aqui como “língua-de-cão”, expressando tudo que o Demo lhes inspira e orienta.

Por que língua-de-cão?

Respondo:

A recente coleção de livros distribuída a estudantes das escolas públicas brasileiras, sob o título Por uma Vida Melhor, na qual contempla a pérola Viver e Aprender, só pode ter sido inspirada por Satanás, o pai da mentira, das dissoluções e da intriga, encarnado nos petistas, atuais ditadores das absurdas normas que devemos cumprir.

Na infeliz “obra” editada sob os auspícios do MEC, os autores defendem o uso da linguagem popular, afirmando que as “regras da norma culta não levam em consideração a chamada língua viva”. Se abonar erros de concordância for uma forma de vida para a língua portuguesa é melhor sentenciá-la à morte ou à cessação definitiva do saber, consubstanciada no analfabetismo de estudantes das escolas públicas, carentes de bons professores e de equipamentos que sirvam à melhoria da instrução.

A educadora Heloísa Ramos, autora de tão expressiva bobagem, defende a substituição dos conceitos “certo” e “errado” por “adequado” e “inadequado”. Para ela, são inadequadas as expressões “nós pega o peixe” ou “nós vai” e “nós viu”. A proficiente mestra não as considera erradas. Segundo alega, chamar a atenção do aluno para a incorreção gramatical ou instrui-lo corretamente seria uma forma de preconceito linguístico.

Depois do preconceito homofóbico, o preconceito linguístico.

Em épocas passadas, quando se primava pelo bom uso da língua portuguesa, o Ministério da Educação não teria distribuído quase meio milhão de exemplares da malfadada coleção, consignando uma aberração gramatical condenada por estudiosos e profissionais das letras. Hoje, porém, sob a batuta vermelha, capitaneada por um analfabeto que governou o país atropelando a gramática, vemos o vernáculo tupiniquim insultado sem dó nem piedade.

Os reacionários petistas estariam criando novo idioma, o “lulês”, em detrimento do português?

Brevemente, teremos uma imprensa muda, punições severas para opiniões pessoais sobre o homossexualismo, o casamento de pessoas do mesmo sexo, perseguição aos cultos cristãos, e por fim a ditadura do proletariado sobre honrados cidadãos, construtores da nação livre e em desenvolvimento que receberam e administram desde 2003.

Você verá!

Infelizmente!

Os livros eivados de barbarismo, entregues a estudantes carentes, são instrumento da destruição educacional e do robustecimento da ignorância, tão necessários à permanência de políticos profissionais, corruptos, desprovidos de sentimento de brasilidade. Assim, serão perpetuados no poder.

Como disse certo leitor de conceituado jornal: “... queimem já esses livros do MEC, que ensinam português errado. Essa barbaridade tem de ser punida com a demissão dos responsáveis”. Outro disse, jocosamente: “O MEC é mesmo uma piada! Agora ninguém mais gozará os paulistas, quando eles pedirem um chopes e dois pastel”.

Façam menas bobagens, bobos petistas!