domingo, 22 de maio de 2011

Crime (quase) Hediondo

Se o leitor já conhece, tudo bem. Se não, eis algumas considerações sobre o significado da palavra “língua”, e de suas variadas derivações. Língua, no sentido fisiológico do termo, é o órgão muscular situado na boca, responsável pelo paladar e pelo som que emitimos proveniente da garganta.

O dicionário Houaiss, indispensável meio de consulta a despretensiosos escritores como eu, de parco vocabulário e de intensa preocupação em não ferir nosso rico idioma vernáculo, enumera vinte e uma grafias e significados para a palavra língua.

Vejamos alguns:

Língua cristã; língua-da-costa; língua-de-badalo; língua-de-cão; língua-de-sapo; língua-de-sogra, entre outras. Eu ainda acrescento: língua ferina; língua traiçoeira; língua suja, e tantas mais que a memória envelhecida não me permite lembrar.

Língua-cristã é qualquer forma de expressão, exceto a chinesa; língua-da-costa, por exemplo, é o idioma ioruba, falado nos candomblés. Ioruba é o povo africano do Sudeste da Nigéria, com grupos espalhados pelas Repúblicas de Benin e do Togo, trazido para o Brasil como escravo; aqui, recebeu o nome de magô. Língua-de-badalo é quem fala muito; língua-de-cão refere-se a uma erva nativa da Europa e do Canadá, enquanto a língua-de-sogra é conhecida como um apito, uma espécie de língua comprida, assim chamada, talvez, para conceituar a intromissão da mãe do marido ou da mulher na vida do casal.

Existem outras denominações para a palavra língua. A usada pelos petistas encastelados no governo deveria ser chamada de “língua-ferina”, por seus impiedosos ataques aos adversários políticos. Também poderíamos, diferentemente do que significa na Europa e no Canadá, conceituá-la aqui como “língua-de-cão”, expressando tudo que o Demo lhes inspira e orienta.

Por que língua-de-cão?

Respondo:

A recente coleção de livros distribuída a estudantes das escolas públicas brasileiras, sob o título Por uma Vida Melhor, na qual contempla a pérola Viver e Aprender, só pode ter sido inspirada por Satanás, o pai da mentira, das dissoluções e da intriga, encarnado nos petistas, atuais ditadores das absurdas normas que devemos cumprir.

Na infeliz “obra” editada sob os auspícios do MEC, os autores defendem o uso da linguagem popular, afirmando que as “regras da norma culta não levam em consideração a chamada língua viva”. Se abonar erros de concordância for uma forma de vida para a língua portuguesa é melhor sentenciá-la à morte ou à cessação definitiva do saber, consubstanciada no analfabetismo de estudantes das escolas públicas, carentes de bons professores e de equipamentos que sirvam à melhoria da instrução.

A educadora Heloísa Ramos, autora de tão expressiva bobagem, defende a substituição dos conceitos “certo” e “errado” por “adequado” e “inadequado”. Para ela, são inadequadas as expressões “nós pega o peixe” ou “nós vai” e “nós viu”. A proficiente mestra não as considera erradas. Segundo alega, chamar a atenção do aluno para a incorreção gramatical ou instrui-lo corretamente seria uma forma de preconceito linguístico.

Depois do preconceito homofóbico, o preconceito linguístico.

Em épocas passadas, quando se primava pelo bom uso da língua portuguesa, o Ministério da Educação não teria distribuído quase meio milhão de exemplares da malfadada coleção, consignando uma aberração gramatical condenada por estudiosos e profissionais das letras. Hoje, porém, sob a batuta vermelha, capitaneada por um analfabeto que governou o país atropelando a gramática, vemos o vernáculo tupiniquim insultado sem dó nem piedade.

Os reacionários petistas estariam criando novo idioma, o “lulês”, em detrimento do português?

Brevemente, teremos uma imprensa muda, punições severas para opiniões pessoais sobre o homossexualismo, o casamento de pessoas do mesmo sexo, perseguição aos cultos cristãos, e por fim a ditadura do proletariado sobre honrados cidadãos, construtores da nação livre e em desenvolvimento que receberam e administram desde 2003.

Você verá!

Infelizmente!

Os livros eivados de barbarismo, entregues a estudantes carentes, são instrumento da destruição educacional e do robustecimento da ignorância, tão necessários à permanência de políticos profissionais, corruptos, desprovidos de sentimento de brasilidade. Assim, serão perpetuados no poder.

Como disse certo leitor de conceituado jornal: “... queimem já esses livros do MEC, que ensinam português errado. Essa barbaridade tem de ser punida com a demissão dos responsáveis”. Outro disse, jocosamente: “O MEC é mesmo uma piada! Agora ninguém mais gozará os paulistas, quando eles pedirem um chopes e dois pastel”.

Façam menas bobagens, bobos petistas!

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