domingo, 8 de novembro de 2009

Força-tarefa (crônica)

A coisa está ficando preta. O bicho vai pegar, se não forem tomadas urgentes providências para inibir a ação de bandidos, tanto dos que praticam crimes comuns quanto dos que assaltam o Erário.

Já é tempo de as autoridades, pelo poder que lhes compete, coibir os abusos de programas recheados de erotismo apelativo, de alta sensualidade, indecorosos e pornográficos, exibidos nas redes de televisão.

Em nome da liberdade de expressão e contra a prévia censura, falsos intelectuais e conhecidos exibicionistas defendem o contrário.

É preciso dar um basta!

A cada dia, os jornais noticiam casos de violência que já fazem parte do nosso cotidiano. São sequestros, assaltos, roubos, furtos, estupros e muitas outras selvagerias.

As televisões mostram cenas de guerra, troca de tiros entre policiais e bandidos à luz do dia, como se estivéssemos em uma guerra declarada. Os noticiários também divulgam inúmeros casos de corrupção, de desvio de verbas públicas e da utilização da máquina governamental a serviço de escusos interesses políticos e eleitoreiros.

Os programas de entretenimentos televisivos extrapolam os limites da moral e dos bons costumes. Divulgam cenas deprimentes em seus realities shows, como Casa dos Artistas e Big Brother Brasil, o primeiro, do SBT e o último, da Rede Globo. Seus apresentadores usam palavras chulas, inoportunas e até fazem gestos e exibem imagens e objetos de teores eróticos e pornográficos.

As telenovelas parecem concorrer com filmes do mais baixo nível cultural e moral. Cenas de sexo nas novelas das dezenove horas são comuns e desafiam a curiosidade das crianças que, por essas razões, não são mais tão inocentes quanto deveriam e desejariam os pais.

É preciso dar um basta!

Urgentemente!

A sociedade está em decadência. Cidades inteiras, grandes metrópoles, principalmente, estão sob o domínio do crime organizado. Em alguns estados, os bandidos já chegaram ao poder elegendo-se para cargos legislativos; eles agora elaboram normas que devemos cumprir ou fazem “vista grossa” para o que deixamos de fazer, sobretudo se for de índole criminosa.

Chegamos ao ponto, aliás, muito oportunamente, de constituir Forças-Tarefas para combater o mal que cresce assustadoramente, pois as polícias locais não dão conta do recado.

Força-tarefa é um grupo de unidades operativas, de diferentes especialidades, constituída temporariamente sob comando único, para realizar uma tarefa específica, com certa independência de procedimentos e ações. Poderá ser constituída por policiais civis e militares, procuradores federais e desembargadores, juízes de diversas instâncias e até pelas forças armadas.

É preciso dar um basta!

Com urgência.

Muitas outras Forças-Tarefa deveriam ser formadas para apurar delitos de toda ordem: dos crimes comuns contra as pessoas aos desvios de verbas públicas. Também serviriam para melhorar os sistemas de saúde e educacional do país, o funcionamento das repartições federais, estaduais e municipais e, quem sabe, dar um basta à licenciosidade de nossas emissoras de televisão.








Lamércio Maciel Braga

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