quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Presente inestimável (crônica)

Aniversário. Dia em que, anualmente, comemora-se determinado acontecimento. Oportunidade de relembrar alegrias passadas e de festejar saudosos e felizes momentos. Data em que se transmitem efusivos parabéns a pessoas da nossa mais alta estima.

Prefiro comemorar os acontecimentos felizes e esquecer os de triste memória. Deixo para trás as lembranças amargas e insípidas, para festejar, neste 22 de maio, com todas as veras da minha alma, o genetlíaco de minha estimada consorte.

O mês de maio é pródigo em datas da mais alta significação. Nessa parcela do calendário, comemora-se o Dia das Mães, oportunidade em que os filhos, agradecidos e felizes, reverenciam tão nobre criatura. Maio é também o mês da família, instituição divina que congrega pessoas da mesma origem, solidárias e de características comuns.

Em 22 de maio de mil novecentos e... bom, que interessa o ano? Nessa data, quase três anos após o meu nascimento, Deus fez vir ao mundo uma linda criança, pequenina, porém formosa, a quem os pais, tomados de ingente alegria, deram o nome de Matilde.

Matilde é escrito com sete letras, símbolo da perfeição; às vezes é grafado com um “h” entre o “t” e o “i” ou trocando o “e” pelo “a”. Assim: Matilde, Mathilde, Mathilda. De todas as formas, doce de pronunciar. Até uma santa católica é conhecida por esse nome. A venerável santa foi vencida em beleza e formosura pela Matilde nascida em 22 de maio de… (não importa!).

Vinte anos após aquele 22 de maio de... (que interessa o ano, repito), Deus a presenteou a mim – simples mortal – como consorte.

Hoje, 22 de maio de 2002, após quarenta e quatro anos de feliz convivência (cinco de namoro e trinta e nove de casados), e depois de constituirmos adorável família, desejo apertá-la em meus braços e repetir os versos que lhe dediquei no alvorecer de nossa vida afetiva:

No âmago do peito sinto arder,
Uma paixão desnuda e forte,
Desejando um dia aparecer,
Em minha vida, tu, como consorte.

Não fora o 22 de maio de... (o ano? Não faz diferença!), essa felicidade não teria se cumprido em minha vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário